O Brasil, antigamente, era regido pelo Imperador Dom Pedro II, e neste período, muitos estavam insatisfeitos com a monarquia.
O sonho dos republicanos era ter um país independente, livre da influência de Portugal. Por isso, ocorreu um golpe militar liderado por Marechal Deodoro da Fonseca que proclamou a República no dia 15 de novembro de 1889.
Com a proclamação, a República Velha teve início no dia 15 de novembro de 1889 e durou até a Revolução de 1930. Esse período da república foi dividido em dois momentos:
A Revolta da Armada teve como objetivo reivindicar o governo de Floriano Peixoto. Ela foi organizada por algumas unidades da Marinha Brasileira e teve envolvimento dos monarquistas.
Revolta que aconteceu na Bahia, liderada por Antônio Conselheiro, um pregador que encantou multidões para a formação de Canudos. As pessoas procuravam viver bem e de forma justa, apesar da fome e da seca derivada da escassez do sertão e também do domínio dos coronéis. Nessa comunidade, tudo era dividido. Não eram cobrados impostos e também não haviam autoridades policiais. O local possuia regras próprias: não era permitido vender bebidas alcoólicas ou prostituição. Os fazendeiros e os políticos temiam o seu crescimento e exigiram dos políticos a sua destruição, com o pretexto de que só haviam pessoas loucas, fanáticas e monarquistas. Houve uma guerra e no dia 5 de outubro de 1897, a comunidade foi destruída.
Revolta que aconteceu no Nordeste brasileiro. Grupos chamados de ‘Cangaceiros’ se juntaram por causa do estado precário de suas condições de vida e as injustiças que sofriam dos coronéis/fazendeiros. O grupo armado era violento, matava, assaltava fazendas e cometia diversos crimes. Um dos principais grupos formados era o de Lampião. Depois que a polícia acabou com o grupo, os cangaceiros sumiram da região.
Foi uma guerra que aconteceu na fronteira entre Paraná e Santa Catarina, uma região disputada por esses estados. Nela haviam sertanejos que trabalhavam em condições precárias para fazendeiros e empresas norte-americanas. Os sertanejos foram liderados pelo monge José Maria, que morreu, e outro liderou em seu lugar. Eles se juntaram e formaram um povoado chamado Monarquia Celeste, que não obedecia as normas provenientes da república. Os coronéis, fazendeiros e empresários estrangeiros perseguiram a população com a intenção de destruir essa comunidade e expulsá-los das terras. O líder da comunidade foi morto em novembro de 1912, e aos poucos o exército destruiu seus seguidores.
Era um movimento liderado por oficiais das Forças Armadas, especialmente tenentes que lutavam para tomar o poder e introduzir novas reformas na República Velha. Boa parte de suas propostas estavam de acordo com a população de classe média, produtores rurais e empresários, por isso, receberam apoio.
Revolta que aconteceu no Rio de Janeiro para evitar a posse de Artur Bernardes como presidente. Foi a primeira revolta tenentista que começou em 05 de julho 1922, em que 17 tenentes e 1 civil entraram em combate com o exército do governo. Os rebeldes foram isolados no Forte de Copacabana e somente dois deles sobreviveram. A revolta foi chamada de Os 18 do Forte.
Foi a segunda revolta do movimento tenentista organizada por tenentes que se rebelaram nos estados de São Paulo e Rio Grande do Sul. As tropas ocuparam a capital São Paulo para retirar Artur Bernardes da presidência. Porém, os tenentes recuaram diante do exército do governo. Nesse período várias revoltas acontecaram em cidades do interior para tomar as prefeituras. Como não tiveram sucesso em São Paulo, os tenentes migraram para o interior do estado, enfrentando as tropas do governo no Mato Grosso do Sul, mas foi um massacre. Os sobreviventes formaram a coluna paulista e se juntaram com a Coluna Prestes, que vinha do Sul, liderada por Luís Carlos Prestes.
Revolta iniciada no Rio de Janeiro por marinheiros, devido aos abusos que sofriam na Marinha. Eles desejavam alterar o Código de Disciplina da Marinha, que previa 25 chibatadas para aqueles que cometessem faltas graves; além disso reivindicavam melhores salários e uma boa alimentação.
Organizada pelos estados de Minas Gerais, Paraíba e Rio Grande do Sul, era um movimento contra a presidência, na época Washington Luís. Eles planejavam um golpe de Estado e o fim da República Velha.
Antes da Proclamação da República, um grupo de pessoas já estava infeliz com as medidas tomadas pelo imperador e desejavam participar mais das decisões políticas do Brasil. Esses grupos eram formados por estudantes, artistas, jornalistas e profissionais liberais. Além disso, militares e fazendeiros também estavam descontentes com o governo. Assim, o movimento republicano estava ganhando espaço e Marechal Deodoro da Fonseca reuniu tropas no Rio de Janeiro a fim de aplicar um golpe.
Deodoro era um alagoano que nasceu no ano de 1827. Ele foi o 1º presidente do Brasil que chegou à presidência no dia 25 de fevereiro de 1891, por meio de eleição indireta, aos 62 anos.
Após o fim do império, o imperador e sua família foram banidos para a Europa e foi estabelecido pelo Marechal um governo provisório em que várias modificações começaram a alterar significativamente as leis brasileiras.
Uso de símbolos e datas nacionais.
Em seu governo, foi criada uma política econômica coordenada pelo ministro da Fazenda Rui Barbosa baseada no ”encilhamento”. Essa política consistia em incentivar a emissão de moeda nos bancos, à industrialização e na criação de sociedades anônimas. Porém, esse modelo econômico trouxe consequências desastrosas. Na época vários bancos e empresas faliram.
Devido à problemas em seu governo, o Marechal renunciou no dia 23 de novembro de 1891. Seu vice-presidente e sucessor foi Floriano Peixoto.
A posse de Floriano Peixoto aconteceu no dia 23 de novembro de 1891, aos 52 anos. Contudo, isso não agradou a muitos e de acordo com a Constituição, deveria haver uma nova eleição. O novo presidente quebrou as regras e governou até 1894.
Ao longo de seu governo teve que decretar estado de sítio diversas vezes e também reformar e regulamentar instituições que nasceram nesse novo regime, como por exemplo, a Diretoria Sanitária.
O presidente tinha como inimigos, os banqueiros estrangeiros e as oligarquias do café, ainda mais depois que começou a defender os pobres. Porém, era apoiado pelo Congresso, a classe média e alguns militares. Decidiu deixar a presidência em 15 de novembro de 1894.
O governo de Floriano, não suportou o poder dos barões de café, em São Paulo e nem dos pecuaristas de Minas, assim Prudente de Morais, que foi o primeiro governador do estado de São Paulo, foi eleito como presidente por meio de eleições civis. Ele pôs fim ao governo dos militares.
A partir de seu governo teve início a Política do Café com Leite, um tipo de união dos estados mais poderosos na época: Minas Gerais (maior população que participava da vida política) e São Paulo (polo da economia do café).
Candidatou-se pelo Partido Republicano Federal e venceu as eleições em 1º de março de 1894. Tomou posse em novembro, aos 53 anos. Prudente era advogado e político, a primeira liderança brasileira não militar.
Prudente de Morais estabeleceu bases diplomáticas. Reatou relações com Portugal e firmou acordo com o Japão, o que resultou na imigração dos nipônicos para o Brasil.
Seu mandato finalizou em 15 de novembro de 1898. No período em que ficou doente, em 1896, seu vice-presidente, o médico Manuel Vitorino, assumiu o cargo.
Campos Sales se tornou presidente da República, no dia 15 de novembro de 1898. Seu companheiro de chefia era Francisco de Assis Rosa e Silva. Campos nasceu em Campinas (SP), em 1841. Quando foi instituído presidente, tinha 57 anos.
Em seu governo, o Brasil estava em um período de “crise”, uma vez que a cultura de café e borracha não estava em seus melhores tempos. Conseguiu, por intermédio de ajuda exterior, estabilizar a economia brasileira. Estabeleceu o “Funding Loan”, tratado que fez para pagamento da dívida externa. A despesa caiu bastante e houve valorização da moeda, na época, o réu.
Seu mandato durou até o dia 15 de novembro de 1902. Ele apoiou a candidatura de Rodrigues Alves como seu sucessor.
Em 1902, no lugar de Campos Sales, Rodrigues Alves assumiu a presidência no dia 15 de novembro de 1902. Francisco de Paula Rodrigues Alves, paulista de Guaratinguetá, foi um advogado e se tornou o 5º presidente da República. Assumiu o poder aos 70 anos e tinha como vice-presidente Delfim Moreira, que assumiu após o falecimento de Rodrigues.
Seu governo teve êxito na economia, uma vez que estava no auge do ciclo da borracha. O Brasil era um dos maiores, senão o maior, produtor do mundo. Tentou valorizar o café por meio do Convênio de Taubaté, um acordo feito em 1906 com os governadores do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, para assegurar os lucros da produção cafeeira, visto que o café passava por um momento de crise. O acordo só foi ratificado por Afonso Pena, seu sucessor.
Além disso, ele ampliou o território brasileiro. Comprou o Acre, que pertencia à Bolívia, por meio do Tratado de Petrópolis, cujo responsável pelas negociações foi o diplomata conhecido como Barão do Rio Branco.
O mandato de Rodrigues Alves terminou no dia 15 de novembro de 1906. Ele foi reeleito, porém, não assumiu devido ao seu falecimento.
O sexto Presidente da República teve seu mandato do dia 15 de novembro de 1906. Afonso Augusto Moreira Pena nasceu em Santa Bárbara (MG) e assumiu o governo com 59 anos.
O presidente comprava café para a valorização do mesmo, uma vez que só era comercializado por São Paulo, Minas e Rio de Janeiro. Sendo ratificado no seu governo o Convênio de Taubaté. Além disso, reforçou o sistema de defesa do Brasil e contribuiu para imigrações no pais.
O presidente construiu várias ferrovias, uma delas, a Estrada de Ferro Noroeste do Brasil (NOB) ou Trem do Pantanal e, em outra vertente de sua política, acreditava que o povoamento era a chave de uma boa gestão.
Pena morreu em 14 de junho de 1909 e foi substituído pelo vice-presidente, Nilo Peçanha, que deu continuidade ao mandato.
Nilo Procópio Peçanha assumiu após a morte do presidente Afonso Pena; porém, Nilo não foi registrado no Livro de Posse, pois apenas substituiu o presidente anterior.
O presidente Nilo Procópio Peçanha tinha seus 45 anos quando começou a governar o país. Foi eleito em 14 de junho de 1909.
Encerrou seu mandato em 15 de novembro de 1910, como o 7º Presidente da República.
Hermes nasceu em São Gabriel, no Rio Grande do Sul, e se tornou presidente em 15 de novembro de 1910. Empossado aos 55 anos, ele interrompeu a política do café com leite, por causa de sua candidatura à presidência.
Hermes terminou seu mandato em 15 de novembro de 1914 e é um dos dois militares a chegar à presidência.
Em 15 de novembro de 1914, Wenceslau tomou posse da presidência. Ele foi vice-presidente no mandato do Marechal Hermes da Fonseca. Ele foi 9º Presidente do Brasil, eleito pelo Partido Republicano Mineiro (PRM).
Seu mandato terminou em 15 de novembro de 1918.
Nascido no município de Cristina, em Minas Gerais, Delfim Moreira da Costa Ribeiro sentou na cadeira presidencial no dia 15 de novembro de 1918, aos 50 anos. Ele também foi presidente interino, durante o governo de Rodrigues Alves, que não conseguiu reassumir por causa do seu falecimento por gripe espanhola em 16 de janeiro de 1919.
O chefe de estado ficou um período curto e, enquanto estava no poder, fez certas alterações no Código Civil, uma intervenção no estado de Goiás e trabalhou em uma reforma no território do Acre. Seu mandato terminou em 28 de julho de 1919. Delfim Moreira foi o 10º Presidente da República Federativa do Brasil.
O paraibano de Umbuzeiro, Epitácio Lindolfo da Silva Pessoa, advogado, assumiu o governo, aos 54 anos, em 28 de julho de 1919. Sua indicação à presidência surgiu quando ele representava o Brasil na Conferência de Versalhes (Conferência de Paz de Paris), que iria falar sobre o Tratado de Versalhes – um acordo de paz selado pós-guerra. Epitácio era senador e conseguiu ganhar as eleições que disputou com Rui Barbosa. Ele venceu sem nem estar no Brasil.
No entanto, em seu governo houveram muitas manifestações na área política, militar e artística (como a Semana de Arte Moderna de 1922). Um pouco antes do fim de seu mandato, Epitácio teve de enfrentar falsas acusações, a chamada Crise das Cartas Falsas, em 1921, cartas que falavam mal das Forças Armadas e do ex-presidente, na época, Hermes da Fonseca. Houve a revolta no Forte de Copacabana (Revolta dos 18), que foi feita por militares e ganhou a alcunha de tenentismo para impedir a candidatura de Arthur Bernardes como próximo presidente.
Seu mandato durou até 15 de novembro de 1922. Epitácio foi o 11º integrante da presidência da República e teve como vice-presidente Delfim Moreira e, em outro período, Bueno de Paiva.
Em 15 de novembro de 1922, o advogado Arthur da Silva Bernardes se tornou presidente da República, aos 47 anos. Nasceu em Viçosa, município de Minas Gerais.
Arthur da Silva Bernardes foi o 12º Presidente da República Federativa do Brasil e o vice foi Estácio Coimbra.
Washington Luís Pereira da Silva, advogado, foi nomeado ao cargo de Presidente da República, em 15 de novembro de 1926.
Ele foi o 13º Presidente do Brasil e tinha como vice Fernando de Melo Viana. O presidente encerrou seu mandato em 24 de outubro de 1930, haja vista, o Golpe Militar de 1930, que deu a liderança do país para Getúlio Dorneles Vargas, em 3 de novembro de 1930.
No ano de 1929, o presidente Washington Luís, aponta Júlio Prestes, um paulista para o cargo de presidente. Porém, houveram muitas oposições para que ele fosse eleito, fato que desencadeou a Revolução de 1930, movimento encabeçado pelos estados do Rio Grande do Sul, da Paraíba e de Minas Gerais. Prestes foi impedido de tomar posse.
A partir daí, a junta governativa começou a governar o país, que posteriormente, entregaram o governo à Getúlio Vagas. Com isso inicia-se a Era Vargas.