Nascimento: 04/10/1841 - cidade de Itu, SP
Profissão: Advogado
Período de Governo: 15/11/1894 a 15/11/1898
Tipo de Eleição: direta
Idade ao Assumir: 53 anos
Posse: no dia 15/11/1894 tomou posse em sessão no Congresso Nacional dirigida pelo Senhor Ubaldino do Amaral Fontoura.
Falecimento: 13/12/1902 em Piracicaba - SP
Obs.: Se afastou do cargo no período de 10/11/1896 a 03/03/1897, por causa de sua doença. No seu lugar assumiu o vice-presidente.
Prudente de Morais nasceu na cidade de Itu, em São Paulo, no dia 4 de outubro de 1841. Antes dos três anos de idade, perdeu o pai assassinado por um escravo. Ele concluiu a graduação em 1863 pela Faculdade de Direito de São Paulo e nesse ano, foi para Piracicaba, onde exerceu seu cargo por pelo menos dois anos até seguir a carreira política. Na vida política foi:
Prudente de Morais foi eleito por voto direto no Brasil, sua posse marcou o fim do período conhecido como República das Espadas, onde os militares governavam o país. Em seu mandato, representou os interesses das oligarquias paulistas e agrícolas, inaugurando a Política do Café com Leite.
Com uma crise econômica provocada pela política do encilhamento, dos governos anteriores, Prudente de Morais teve que enfrentar oposições políticas de militares que ainda apoiavam Floriano Peixoto e o grupo de “jacobinos” que lutavam para que o poder republicano fosse consolidado. Além do Partido Monarquista que desejava se reorganizar e também parte da população que não estava contente com o presidente civil.
No dia 10 de novembro de 1896, Prudente teve que se ausentar do cargo por causa de doença. A crise política aumentou e quem a enfrentou foi o vice-presidente Manuel Vitorino. Retornou à presidência no Palácio do Catete (nova sede de governo), no dia 4 de março de 1897.
Em 1896, se desenvolveu o conflito de Canudos, no interior baiano, organizado por Antônio Vicente Mendes Maciel, mais conhecido como Antônio Conselheiro, que se definia como um mensageiro de Deus, enviado para acabar com as desigualdades e as perversidades que ocorriam na República.
O vilarejo foi formado devido a situação precária da população que sem terras era obrigada a sobreviver com as cobranças dos coronéis, dentre outros fatores. O líder garantia uma nova vida e assim construiu um vilarejo chamado Canudos, em 1893. Além de caráter religioso, acreditava-se que essa revolta foi uma reação à queda da monarquia. Para lá as famílias começaram a ir. A população que a cada dia crescia, repartia tudo e tinha regras próprias para viver.
Os conflitos com o governo começaram no mesmo ano, quando os moradores se rebelaram com o pagamento de impostos. Temendo o crescimento e o poder do vilarejo, houveram batalhas entre o governo e Antônio Conselheiro junto com seu grupo. Na primeira batalha, muitos oficiais foram mortos e devido a isso várias pessoas se revoltaram na cidade do Rio de Janeiro. Ao fim da batalha, no dia 5 de outubro de 1897, pelo menos 30 mil moradores do Arraial morreram dando fim a comunidade. Apesar do término da guerra, o presidente, durante uma cerimônia militar, sofreu um atentado. Mesmo escapando, seu ministro de Guerra faleceu. Na política externa, ele resolveu o problema de limites com a Argentina.
Após o fim do mandato, Prudente de Morais estava bem popular. O cargo foi passado para Campos Sales no dia 15 de novembro de 1898. Ele exerceu sua profissão de advocacia por alguns anos e veio a falecer em 1902 de uma tuberculose.